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Mostrando postagens de julho, 2020

Empatia e liderança. Lições de Mogi Mirim

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                Seguindo o propósito de encontrar o que há de diferencial em cada associação comercial na região e as diferentes estratégias para a superação da crise provocada pela pandemia, hoje tratarei a Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim, a ACIMM. A empatia e a positividade com que está lidando com este momento caótico precisa ser realmente uma inspiração, mesmo sendo junto com Mogi Guaçu o lugar aonde temos as maiores restrições e com a mais rigorosa fiscalização (a postura do poder público nos dos dois municípios e as regras impostas foram praticamente as mesmas). Este aspecto humano de otimismo pautado na liderança de sua diretoria é acompanhado pela atitude da equipe, e isto acaba atenuando os impactos negativos e mantem os associados juntos, sempre em busca de novas alternativas, o que já era feito antes da Covid 19.                 Surgida como rota durante o Ciclo do Ouro, Mogi Mirim é a cidade mais antiga de todas na região, e durante um certo período foi ma

Organização e amparo rumo a um novo normal. Lições de Mogi Guaçu

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Fundada em 1958, a ACIMG (Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu) lidera o meio empresarial de um município que já marcou seu nome com um dos mais tradicionais centros industriais do interior paulista, com 5 distritos industriais bem estruturados e com atividades diversificadas, de cerâmica à metalúrgica, sendo um setor que representa 32,52% do PIB. O seu setor agrícola, apesar de representar apenas 4,14 % do PIB, também é muito forte, e produz desde tomate à pecuária de corte, tendo como principal expoente a citricultura. Os 63,25 % de comércio e serviços engloba uma enorme gama que vai do varejo à vida noturna e economia criativa, atraindo todos os municípios vizinhos, e tem como seu principal centro aglutinador a região da igreja matriz, além de contar com dois Shoppings Centers. Estas características exigem uma atuação complexa da diretoria da Associação Comercial e uma organização estável que consiga atender a diferentes tipos de associados. Isto se agravou neste período

Guardiã do Planejamento: lições da ACI Mococa

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            A união entre os mais variados setores do empresariado a favor do desenvolvimento da sociedade mocoquense e da região é provavelmente a maior marca no trabalho da Associação Comercial e Industrial de Mococa, sustentando o lema “juntos somos mais fortes”. Ela é referência para vários municípios vizinhos, provavelmente devido à sua versatilidade, qualidade que a credenciou a exercer um papel especial numa economia diversificada. A capacitou também a ajudar a identificar vários negócios potenciais onde a maioria não vê mais que um problema, tornando-se eficaz especialmente em situações de crise, como a que vivemos agora. Também se firmou como importante parceira do poder público, não apenas fazendo o meio de campo sempre necessário entre política e economia como assumindo propostas para todas as questões da cidade.                 Como a maioria dos municípios da região a estrutura econômica de Mococa foi historicamente marcada pela atividade rural, onde se destaca a pecuá

Crescimento e Desenvolvimento: as lições da Acil (Leme)

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Formada coma  chegada da ferrovia, a cidade de Leme conta com a Rodovia Anhanguera para continuar conectada com um desenvolvimento emparelhado com o que há de mais dinâmico no crescimento econômico global. Mesmo tendo uma indústria de destaque (sendo sede de uma regional da FIESP), está entre as poucas que apresentam mais de 70 % de sua atividade econômica no setor de serviços, estando entre as três com mais de 60 mil habitantes dentro deste percentual. Também merece destaque o fato de que se compararmos os números de serviços e comércio nos anos de 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017, este setor sempre cresceu, mesmo com a crise econômica pós-2014. Estes dados históricos e estatísticos apontam a importância das atividades restringidas nos últimos meses devido ao coronavírus, e a importância da organização de seu setor comercial. Além da complexidade exigida pelas características bastante contemporâneas de seu varejo, a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Leme (Acil) também repr

Independência e organização. Lições de Itobi

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Entre as cidades com menos de 20 mil habitantes, Itobi é disparado onde o setor de serviços tem mais relevância na economia local (69%). Aliás, entre 2007 e 2017 aconteceu um crescimento de aproximadamente 12 % nas atividades comerciais e prestação de serviços, o que denota uma transformação considerável na estrutura econômica do município, que tradicionalmente tinha como base a agropecuária. Este fenômeno é interessante se levarmos em consideração sua proximidade com Vargem Grande do Sul, Casa Branca e São José do Rio Pardo, bem maiores tanto em termos de população quanto em relação ao PIB. Esta força das atividades urbanas pode ser uma explicação para a admirável organização de sua associação comercial, como será exposto mais adiante. Apesar de 47 contágios confirmados de Covid 19, Itobi não teve nenhuma morte até agora. Mesmo assim, a prefeitura manteve a quarentena pelo menos até o dia de hoje, 14 de julho, pois entre o dia 25 de junho e esta terça houve um aumento de 22 casos (4

Articulação e responsabilidade. Lições de Itapira

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           Fundada em 1939, a Associação Comercial e Empresarial de Itapira (ACEI) teve um caminho diferente da maioria das demais associações tratadas neste estudo, que em muitos casos surgiram na onda da informatização de serviços de proteção ao crédito. Além de estar inserida no contexto de um complexo turístico poderoso já estruturado, o Circuito das Águas, junto a Serra Negra, Águas de Lindóia e alguns outros municípios, Itapira também faz divisa com o fortíssimo Circuito das Malhas (MG) e com outras potencias industriais como Mogi Guaçu e Mogi Mirim. É a cidade que apresenta maior renda per capta dentre as 27 cidades aqui incluídas, superior até à média do Estado de São Paulo (R$ 48.839,64/habitante por ano) . Sua indústria representa mais de 40% de sua economia, maior índice regional neste setor, e nos serviços cresceu entre 2007 e 2015, e está entre as poucas onde esta atividade também ganhou força no período da última crise, entre 2016 e 2017. Ou seja, trata-se de uma das mais

Várias janelas de possibilidades. Lições com Estiva Gerbi

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       Sem dúvida alguma a principal característica econômica de Estiva Gerbi é o fato de ser uma pequena cidade industrial: mais de 36% da economia gira em torno da indústria, quarto maior percentual dentre os 27 municípios aqui avaliados. Inclusive, já no final do século XIX havia ali uma manufatura nascente, vindo através de imigrantes italianos para o então Bairro São José. Ao seu redor também prosperaram importantes centros regionais industriais, como Mogi Guaçu, Itapira e Espírito Santo do Pinhal, estes que acabaram por concentrar um número maior de habitantes, e com isso, estruturas de serviços e comércio bastante fortes, o que explica o fato de apenas 50,18 % da economia estivense seja composto por comerciantes e prestadores de serviços.                 Em muitos casos a população de lá busca nas cidades vizinhas opções no varejo, e isso dificulta a formação de um complexo comercial que motive seus empresários a darem sequência a uma associação comercial. Já houve ACE em esti

Equilíbrio para as oportunidades. Lições da ACE Pinhal

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         Apesar de tradicionalmente ser um pólo produtor e exportador de café, Espírito Santo do Pinhal está entre as pioneiras na região em contar com instituição de ensino superior, e hoje conta com um importante parque industrial, além de fazer divisa com outros municípios representativos nos setores de serviços e na indústria, como Mogi Guaçu, Itapira e São João da Boa Vista. A cidade consegue manter sua autonomia comercial e nos serviços (mais de 70% da economia está neste setor), e percebe-se sua capacidade de aproveitar oportunidades a partir da postura de sua associação comercial diante da pandemia.        Acompanhando esta complexidade que as condições geográficas e institucionais locais, sua associação comercial dá conta de seu papel entendendo que tão importante quanto apresentar soluções inovadoras é aproveitar com equilíbrio as oportunidades já existentes pelo estado, pela mercado ou pela sociedade civil em geral. Conta com associados produtores de café e indústrias, cri

Tradição e ruptura. Lições da ACE Divinolândia

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                  Divinolândia é conhecida como a produtora de um dos melhores cafés do país, além de referência no setor de saúde da região com um hospital regional. Entretanto, está entre os municípios onde o setor de serviços e comércio tem mais importância na economia (73,9% do PIB), mesmo com uma população pequena (pouco mais de 10 mil habitantes). Esta força nos setores urbanos da economia traz demandas que exigem um dinamismo da Associação Comercial e Empresarial de Divinolândia que dê conta da complexidade de suas características socioeconômicas. São mais de 150 associados, que vão de escritórios de advocacia até agricultores e bancos, e a eles oferece serviços como certificação digital. Isto torna-se um desfio que muitas cidades vizinhas enfrentam, talvez em menor grau: conciliar o mais atual com o tradicionalismo típico de uma cidade do interior.                 Como em quase todos os lugares, o comércio de Divinolândia foi obrigado a aderir a novas formas de trabalhar, pau

Atrair para crescer. As lições de Cássia dos Coqueiros

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                  Dos municípios que estão sendo tratados neste projeto, provavelmente Cássia dos Coqueiros é o que está passando por maiores mudanças nos últimos anos, sendo fundamental sistematizar o que e como as transformações estão acontecendo é uma tarefa urgente para que esta expansão traga os resultados desejados para a população em geral. A atividade agrícola é a base de sua economia (68% do PIB), porém sua população não é tão rural assim (apenas cerca de um quarto), mas estes dados explicam o porque seu setor de serviços e comércio não se organizou em uma associação comercial, pois representa menos de 30% da economia. Porém, dois movimentos provocados pela beleza e bem estar do lugar tem apontado para uma radical mudança socioeconômica: a migração de alto padrão proporcionada pela implantação de condomínios e os atuais esforços para atração de turistas.                 Na divisa com Minas Gerais, o município faz parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, além de algun

Reinvenção, integração e proatividade. Lições da ACE Casa Branca

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        A tradição agrícola de Casa Branca pode ser confirmada através dos dados levantados por este projeto no momento de planejamento desta empreitada pelas associações comerciais da região: em 2017, 25,82% do PIB casabranquense vinha de atividades rurais diretamente, terceiro município neste quesito, atrás apenas de Cássia dos Coqueiros e Santa Cruz da Esperança. O município também possui forte atividade comercial, que cresceu exponencialmente nos últimos 10 anos, conta com instituição de ensino superior, ensino médio técnico, além de ser um importante fornecedor de insumos agrícolas para toda a região. Ou seja, conta com uma atividade urbana bastante dinâmica e diversificada, o que se reflete na atuação da Associação Comercial e Empresarial.                 De fato, é uma das que mais se relaciona com outras associações vizinhas, e mostrou uma postura incisiva desde o início da pandemia. Logo no final de março já encaminhou um ofício para o governador, publicado no próprio site

Protagonismo nas questões públicas. Lições da ACE de Cajuru

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Apesar de tradicionalmente ser considerado um município agrícola, segundo dados da Fundação SEADE de 2017 62% da economia local gira em torno do comércio e setor de serviços. Aliás, realiza uma série de atividades para municípios vizinhos (principalmente Santa Cruz da Esperança e Cássia dos Coqueiros), constituindo-se assim como um importante elemento integrador regional. Deste modo, pode-se dizer que a Associação Comercial e Empresarial de Cajuru (ACEC) foi chamada a cumprir um papel de protagonismo na conduçãod esta crise que vivemos, e ela mostrou realmente ter assumido esta função frente ao desafio cívico imposto pela ocasião. Devido ao protagonismo no cenário econômico da cidade, vem desenvolvendo um trabalho intensificado juntamente com a prefeitura e equipes sanitárias, diante das dificuldades impostas pela necessidade de isolamento social e decretos municipais e estaduais. A principio buscou estreitar as relações com as entidades municipais, participamos de dezenas de reuniõe

Protagonismo nas questões públicas. As lições da ACE de Cajuru

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Apesar de tradicionalmente ser considerado um município agrícola, segundo dados da Fundação SEADE de 2017 62% da economia local gira em torno do comércio e setor de serviços. Aliás, realiza uma série de atividades para municípios vizinhos (principalmente Santa Cruz da Esperança e Cássia dos Coqueiros), constituindo-se assim como um importante elemento integrador regional. Deste modo, pode-se dizer que a Associação Comercial e Empresarial de Cajuru (ACEC) foi chamada a cumprir um papel de protagonismo na conduçãod esta crise que vivemos, e ela mostrou realmente ter assumido esta função frente ao desafio cívico imposto pela ocasião. Devido ao protagonismo no cenário econômico da cidade, vem desenvolvendo um trabalho intensificado juntamente com a prefeitura e equipes sanitárias, diante das dificuldades impostas pela necessidade de isolamento social e decretos municipais e estaduais. A principio buscou estreitar as relações com as entidades municipais, participamos de dezenas de reuniõe

Negócios e sustentabilidade: hoje, indissociáveis. Lições de Caconde

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Hoje falo de outra importante cidade turística da região, Caconde, que além de oferecer clima delicioso e uma maravilhosa topografia conta com uma represa que há anos recebe turistas, tanto banhistas quanto apaixonados por atividades náuticas. Possui igualmente uma pujante atividade agrícola, sobretudo na agroindústria do café (conta até com uma representação da Coxupé, principal cooperativa cafeeira do país, que abrange todo o sul de Minas Gerais), o que exige uma organização diversificada dos agentes econômicos locais, refletindo-se na atuação da Associação Comercial e Industrial de Caconde (ACIC). Por isso, esta associação apresenta uma atuação bastante representativa em relação a interesses municipais, inclusive, em questões como meio ambiente, fundamental para o turismo e para a atividade rural.                 Sob o comando do advogado Hugo Orrico Junior, além das questões específica e diretamente ligadas ao empresariado local a associação voltou seus olhos para o talvez grande