PROJETO DE EXTENSÃO “SOLUÇÕES DA AGENDA 2030 PARA OS MUNICÍPIOS”
PROJETO DE EXTENSÃO “SOLUÇÕES DA AGENDA 2030 PARA OS MUNICÍPIOS”
Desde
maio está acontecendo no IFSP (S João da B Vista) o ciclo de encontros “SOLUÇÕES
DA AGENDA 2030 PARA OS MUNICÍPIOS”, atividade de extensão sobre como a inovação
pode contribuir para o desenvolvimento municipal coordenada pelo Prof. Renato
Chaves (IFSP-SJBV) e pelo fundador da RB
Sustentabilidade 4.0, Marcos Rehder Batista (NEA+/IE-Unicamp e
GVceapg/EAESP-FGV). O projeto atraiu palestrantes da Unesp, Unifeob, Unifae, Unipinhal, SENAI e instituições como Agência de Desenvolvimento e Mítima Green Energy,
além do próprio Instituto Federal, e foi acompanhado virtualmente por pessoas
mais de 5 estados do país, além de uma palestra para todos os Institutos
Federais de São Paulo (no projeto Amplifica). Como a partir de amanhã faremos publicações diárias sobre cada uma das palestras, trago aqui as idéias que
fundamentaram a organização do ciclo, e ao final links sobre os encontros e
espaços de divulgação onde conversamos sobre os objetivos, pois um material
riquíssimo foi produzido nos três encontros já ocorridos e há muito a se
aproveitar deles para o desenvolvimento de qualquer município. O próximo será
dia 22 de setembro, no mesmo auditório do IFSP de São João.
DESCRIÇÃO:
Partindo
da metodologia da Hélice tripla (integração Universidade-Poder
Público-Empresa), que prevê como Quarta Hélice as demandas sociais, está se
organizando um ciclo de cinco debates sobre soluções da Agenda 2030 para os
municípios e soluções em C&T
Informações Relevantes para a
avaliação
A
Agenda 2030 é um conjunto de proposta para o desenvolvimento sustentável e
sustentado propostas pela ONU, às quais o Brasil aderiu em 2016, oferecendo um
parâmetro institucionalmente neutro para orientar as demandas sociais
JUSTIFICATIVA
DA AÇÃO DE EXTENSÃO
O
fortalecimento do ambiente de inovação local em muito depende da conexão entre
Universidade-Poder Público-Empresa com demandas sociais relevantes, estimulando
assim a busca do conhecimento para propor soluções concretas que tanto resolva
problemas de ordem pública quanto aponte alternativas de negócios inovadores
para novos empreendedores. Por este motivo, sugere-se como guia para prospecção
de problemas relevantes as dezessete áreas apontadas pela Agenda 2030, atraindo
pesquisadores, empresários e lideranças civis locais.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
A
orientação teórica para este ciclo de palestras incide do conceito de Quarta
Hélice da Inovação (Leydesdorff, 2012; Arnkil et all, 2012), que trata de como
as demandas da sociedade civil podem ser orientadas para serem inseridas no
sistema da Hélice Tripla, abordagem tradicional na gestão de sistemas de
inovação. Esta metodologia foi desenvolvida por Leydesdorff e Etzkowitz (Leydesdorf
e Etzkowitz, 2000; Dagnino, 2003; Leydesdorff 2012) no início dos anos 2000 e
tornou-se a principal referência no assunto em poucos anos, e é pautada na
Economia da Inovação neoschumpeteriana, na sociologia dos sistemas sociais e na
análise de redes. Para pensar a inovação como indutora de desenvolvimento
econômico e social, além do esquema proporcionado pela Agenda 2030, o projeto
foi inspirado tanto na abordagem das capacitações de Amartya Sen (2000) quanto
na Institutional Analysis and Development (IAD) de Elinor Ostrom (Ostrom,
2005), uma das principais metodologias de análise de governança, inclusive da
governança do desenvolvimento e difusão da inovação (Allen e Potts, 2016;
Gatzweiler, 2016).
OBJETIVOS
DA AÇÃO DE EXTENSÃO
São
três os objetivos do ciclo de debates “SOLUÇÕES DA AGENDA 2030 PARA OS
MUNICÍPIOS”:
·
Apresentar para a comunidade questões
apontadas em cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s) da
Agenda 2030 como fundamentais para um desenvolvimento amplo e multicritério
·
Levantar como estes 17 ODS’s refletem questões
locais junto à comunidade (científica, empresarial e civil), simultaneamente
servindo como instrumento de prospecção como de envolvimento entre as “Quatro
Hélices”)
·
Sistematizar um conjunto de pautas relevantes
para a retomada do Centro Regional de Inovação, iniciado em 2016 e com
atividades suspensas com a pandemia, de modo a fortalecer a legitimidade
pública da iniciativa de seis anos atrás
METODOLOGIA
E AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO
Os
17 ODS’S foram agrupados em cinco encontros, correspondentes aos 5 Eixos
Temáticos também propostos pela Agenda 2030. Estes 5 Eixos são transversais, de
modo que por fins didáticos inspirou-se no agrupamento desenvolvido pela ONG
paranaense Instituto Aurora, que já fez parcerias com a
PUC-PR, DPascoal, MP-PR, Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e IFPR, entre
outros. Abaixo seguem os eixos com os ODS’s agrupados em cada um:
1.
Pessoas
(maio): 1) Erradicar Pobreza;2) Acabar com a Fome; 3) Vida Saudável; 4)
Educação de Qualidade
2. Planeta (junho): 6) Água e
Saneamento; 11) Cidades Sustentáveis; 13) Mudanças Climáticas; 14) Vida
Aquática; 15) Vida Terrestre
3. Prosperidade (julho): 7)
Energias Renováveis; 8) Trabalho e Crescimento; 9) Inovação; 12) Produção e
Consumo Sustentáveis
4. Paz (agosto): 5)
Igualdade de Gênero; 10) Redução das Desigualdades; 16) Paz e Justiça
5.
Parcerias
(setembro): 17) Parcerias para o Desenvolvimento
Para cada um dos ODS’s é convidado um
palestrante, para uma apresentação de 15 a 20 minutos. O objetivo é compor
mesas plurais, sempre com representantes do meio científico e lideranças da
sociedade. Estes últimos, usar como critério de isonomia não ocupar nenhum
cargo eletivo nem função específica em comissão executiva de nenhum partido
político. Seguem as especificações do curso de extensão:
·
Linha
Pedagógica: Construtivista (Jean Piaget, Lev Vigotsky e Philipe Perrenoud)
·
Carga
Horária: 10 horas, divididas em 5 sessões de 2 horas, além de atividades
externas
·
Referencial
Teórico: Quarta Hélice da Inovação, Abordagem do Desenvolvimento das
Capacitações e Institutional Analysis and Development
·
Tecnologias
Usadas: transmissão via internet (a ser disponibilizada pelo IFSP) e
divulgação das atividades de avaliação em meios digitais
·
Instrumentos
Metodológicos: palestras expositivas, debate, projetos de ação na comunidade
Além dos três encontros já realizados, falamos
sobre o ciclo em dois canais importantes de divulgação: um de abrangência
regional, em entrevista para o programa Região, da TV União, sob comando do
fantástico Antonio Magalhães; e para o já citado projeto Amplifica, em palestra
para todos os campus IFSP. Seguem os links para as entrevistas e os 3
encontros:
Entrevista
no programa Região:
Palestra
no projeto Amplifica:
1º
encontro SOLUÇÕES DA AGENDA 2030
PARA OS MUNICÍPIOS I: POBREZA, AGRICULTURA FAMILIAR, SAÚDE E EDUCAÇÃO:
2º
encontro SOLUÇÕES DA AGENDA 2030
PARA OS MUNICÍPIOS II: MEIO AMBIENTE:
3º
encontro SOLUÇÕES DA AGENDA 2030
PARA OS MUNICÍPIOS III: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CRESCIMENTO E INOVAÇÃO:
4º encontro SOLUÇÕES DA AGENDA
2030 PARA OS MUNICÍPIOS IV: PAZ
REFERÊNCIAS
ALLEN, D;
POTTS, J. (2016). How innovation commons contribute to discovering
andDeveloping new Technologies. International Journal of the Commons Vol. 10,
no 2 2016, pp. 1035–1054
ARNKIL,R; JÄRVENSIVU, A; KOSKI, P; PIIRAINEN, T. (2010). Exploring Quadruple Helix Outlining user-oriented innovation models. Työraportteja 85/2010 Working Papers
DAGNINO, R (2003). A relação Universidade-Empresa no Brasil e o “Argumento da Hélice Tripla”. Revista Brasileira de Inovação, vol 2, n 2, julho/dezembro,(2003)
ETZKOWITZ, H e LEYDESDORFF, L (2000). The dynamics of innovation: from National Systems and ‘‘Mode 2’’ to a Triple Helix of university–industry–government relations. Research Policy 29 Ž2000. 109–123
GATZWEILER, F.W. (2016). Institutional and Technological Innovations in Polycentric Systems: Pathways for Escaping Marginality. In: Gatzweiler F., von Braun J. (eds) Technological and Institutional Innovations for Marginalized Smallholders in Agricultural Development. Springer
LEYDESDORFF, L (2012). The Triple Helix, Quadruple Helix, …, and an N-Tuple of Helices: Explanatory Models for Analyzing the Knowledge-Based Economy?. Journal of Knowledge Economy (2012) 3:25–35
OSTROM, E. (2005). Understanding Institutional Diversity. Princeton, NJ: Princeton University Press
SEN, Amartya (2000). Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.
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